Você já acordou de manhã, ainda com aquele sono, olhou para o relógio e pensou: “E se eu for malhar agora, sem comer nada, será que queimo mais gordura?” Eu já me peguei pensando nisso várias vezes, principalmente quando quero perder uns quilinhos que teimam em ficar. Treinar em jejum – ou seja, fazer exercício depois de passar um tempão sem comer – é um daqueles assuntos que todo mundo tem uma opinião. Tem quem jure que é o segredo para emagrecer rapidinho, mas também tem quem diga que é arriscado e pode até fazer mal. Fiquei curioso, fui atrás de entender melhor e agora quero dividir o que descobri com você, de um jeito simples, como se a gente estivesse batendo papo num café da tarde.
O que significa treinar em jejum?
Vamos começar do básico. Treinar em jejum é fazer atividade física depois de ficar várias horas sem colocar nada no estômago – geralmente entre 8 e 14 horas. Sabe quando você pula da cama e vai direto para a academia, sem nem passar perto do café da manhã? É exatamente isso. A ideia por trás disso é que, sem comida recente, seu corpo não tem energia fácil vindo dos carboidratos, tipo pão ou fruta, e aí ele vai buscar combustível na gordura que já está armazenada. Faz sentido, né? Pelo menos na teoria.
Eu já testei isso algumas vezes. Confesso que nas primeiras tentativas me senti meio mole, como se minhas pernas não quisessem acompanhar. Mas depois de um tempo, parecia que o corpo pegava o ritmo. E você, já tentou algo assim?
Os lados bons de treinar sem comer

Agora, vamos falar do que pode ser legal nisso. Tem alguns benefícios que chamam atenção, olha só:
- Queimar mais gordura: Sem açúcar fresquinho no sangue, o corpo vai atrás da gordura acumulada para gerar energia. É como se ele abrisse o estoque reserva.
- Melhor controle do açúcar: Fazer isso pode ajudar o corpo a lidar melhor com a insulina, aquela responsável por regular o açúcar no sangue. Isso é ótimo para a saúde a longo prazo.
- Colesterol mais amigo: Algumas pessoas notam que os níveis de colesterol ruim e triglicerídeos caem um pouco. Nada mal, né?
- Praticidade pura: Se você é daqueles que corre contra o tempo de manhã, pular a refeição antes do treino pode simplificar a vida.
Eu gosto dessa parte da praticidade. Tem dia que acordar, comer, esperar digerir e só depois treinar simplesmente não cabe na minha rotina. Mas, claro, nem tudo são flores.
Os lados não tão legais assim
Como tudo na vida, tem o outro lado da moeda. Treinar em jejum também vem com alguns riscos que vale a pena conhecer:
- Falta de gás: Sem energia rápida, você pode sentir que o treino não rende tanto. Já aconteceu comigo de querer levantar um peso e parecer que ele estava mais pesado que o normal.
- Músculos em risco: Se o corpo não encontra gordura suficiente, ele pode começar a usar os músculos como energia. Ninguém quer isso, né?
- Tontura à vista: Se o açúcar no sangue despencar, dá pra sentir tontura ou até passar mal. Isso é mais comum em quem não está acostumado.
- Não é para todo mundo: Se você está começando agora ou tem muito peso para perder, pode ser mais difícil encarar.
Você já sentiu algum desses efeitos? Eu já tive um dia que quase apaguei na esteira porque exagerei sem comer antes. Foi um susto!
O que a ciência tem a dizer?
Fui dar uma olhada no que os estudos falam, e a verdade é que as opiniões se dividem. Alguns dizem que treinar em jejum realmente aumenta a queima de gordura durante o exercício. Legal, né? Mas outros estudos jogam um balde de água fria e dizem que, no fim das contas, o que importa mesmo é o saldo do dia: quantas calorias você comeu e quantas gastou. Se o total não estiver a seu favor, a gordura não vai embora, com ou sem jejum.
Teve um estudo que me chamou atenção: ele mostrou que cerca de 10% da energia usada no treino em jejum pode vir dos músculos. Isso me deixou preocupado, porque eu não quero perder o que conquistei na academia. Por outro lado, vi que tem gente que faz jejum por motivos religiosos, como no Ramadã, e consegue manter a massa muscular comendo bem nas outras refeições. Então, parece que o negócio é mais complicado do que a gente imagina.
Conversei com um amigo que entende de nutrição, e ele me disse: “Olha, pode funcionar para alguns, mas não é mágica. Depende do seu corpo e da sua rotina.” Acho que faz sentido.
Como tentar sem se dar mal
Se você está pensando em experimentar treinar em jejum, a dica é ir com calma. Não adianta querer correr uma maratona logo de cara. Comece com algo leve, tipo uma caminhada no parque ou uns minutinhos na bicicleta ergométrica. Veja como você se sente. Beba bastante água – isso é essencial, não dá pra esquecer. E, se sentir qualquer coisa estranha, tipo um vazio na cabeça ou fraqueza, pare na hora e coma algo.
Aqui onde eu moro, no interior, a gente costuma dizer que “é melhor prevenir do que remediar”. Então, se puder, dá uma conversada com um nutricionista ou um treinador antes de começar. Eles podem te ajudar a ver se isso combina com você.
Outras opções para quem não curte jejum
Mas e se treinar sem comer não for a sua praia? Relaxa, tem outras formas de correr atrás do emagrecimento. Você pode comer algo leve antes do treino, como uma banana amassada com um punhado de aveia – é rápido e dá energia sem pesar. Ou então tentar o jejum intermitente, mas treinar só nas horas em que você está bem alimentado. O segredo, no fundo, é manter uma alimentação equilibrada e não deixar de se mexer.
Eu, por exemplo, gosto de tomar um shake de proteína uns 30 minutos antes de malhar. Sinto que rende mais, e não fico com aquela sensação de estômago vazio. O que você acha de testar algo assim?
O que eu acho disso tudo
Resumindo a história, treinar em jejum pode ser uma ferramenta interessante para algumas pessoas, mas não é a solução dos sonhos para todo mundo. Pode, sim, ajudar a queimar mais gordura em certos momentos, mas também traz alguns riscos, como ficar sem energia ou perder músculo. O mais importante, na minha opinião, é descobrir o que deixa você confortável e te faz bem. Seja com jejum ou com um lanchinho antes, o que vale é manter o corpo ativo e a alimentação em dia.
E você, já tentou treinar sem comer antes? Conta aí como foi, eu quero saber!
Um resuminho para não esquecer
Antes de encerrar, aqui vai um resumo rapidinho dos pontos principais:
- Treinar em jejum pode aumentar a queima de gordura, mas não garante que você vai emagrecer mais no fim do mês.
- Tem riscos, como sentir fraqueza ou até perder um pouco de músculo.
- A ciência ainda não bateu o martelo, então é bom testar com cuidado.
- Se for tentar, vá devagar, beba muita água e veja como seu corpo reage.
- Existem alternativas, como comer algo leve antes ou treinar em horários que você está bem alimentado.
Uma tabelinha para comparar
Para deixar mais claro, montei uma tabela simples com os prós e contras:
O que olhar | O que ganha | O que pode perder |
Gordura | Queima mais durante o treino | Não significa emagrecer sempre |
Saúde | Ajuda no açúcar e colesterol | Risco de tontura ou mal-estar |
Energia | Prático para quem tem pressa | Pode render menos no treino |
Músculos | Dá pra manter se comer bem depois | Perigo de usar músculo como energia |
Quem pode | Ótimo para quem já está acostumado | Difícil para iniciantes ou quem tem muito peso |

No fim das contas, o que eu aprendi é que cada pessoa é um mundo. O que funciona para o seu amigo da academia pode não funcionar para você, e tá tudo bem. Eu gosto de experimentar coisas novas, mas também sei que meu corpo tem limites. Então, se você quer testar treinar em jejum, vá em frente, mas com juízo. E se preferir o café da manhã antes, aproveite cada mordida!
Me conta nos comentários: você é do time jejum ou do time lanchinho antes do treino? Sua experiência pode ajudar alguém que tá na dúvida!
Que texto bacana! Você conseguiu transformar um tema que pode ser bem técnico em uma conversa super agradável e fácil de entender. A forma como você compartilha suas próprias experiências e dúvidas torna o conteúdo muito mais humano e relacionável.